segunda-feira, 16 de dezembro de 2013


Subúrbio recebe mais duas unidades de saúde reformadas

recanto_lagoa_inauguracaoO Subúrbio ganhou mais duas unidades reformadas e com equipes completas: são as Unidades de Saúde da Família (USFs) Recanto da Lagoa e de Fazenda Coutos II, que foram entregues pelo prefeito ACM Neto e pelo secretário municipal da Saúde, José Antônio Rodrigues Alves, nesta quinta-feira (12).

As duas unidades ofertarão serviços de atenção integral, considerando as áreas prioritárias da atenção básica nos programas de hipertensão, diabetes, controle da tuberculose, hanseníase e doença falciforme. Também serão oferecidos serviços complementares como curativo, coleta de material para exames laboratoriais, vacinação, marcação de consulta para outras especialidades e outros exames ofertados no Distrito Sanitário, distribuição de medicamentos básicos e fornecimento do Cartão SUS.

A USF de Recanto da Lagoa tem capacidade para atender cerca de 600 pessoas por dia com atuação de cinco equipes de saúde da família e duas de saúde bucal. Já a USF de Fazenda Coutos II atenderá cerca de 550 pessoas diariamente através de quatro equipes de saúde da família e duas de saúde bucal.
O secretário José Antônio Rodrigues Alves destacou que a Prefeitura honra o compromisso de oferecer aos usuários da rede municipal infraestrutura necessária para que os pacientes possam ter atendimentos de qualidade, de maneira confortável. Ainda segundo o secretário, em 2014, será possível continuar promovendo alguns benefícios na saúde, além do andamento do programa de requalificação da capacidade física instalada. “No próximo ano, serão contratados mais mil agentes comunitários de saúde porque não é possível mais que um profissional atenda a 1,6 mil pessoas, enquanto deveria atender a cerca de 500. Começamos um processo de avaliação sobre a premiação das unidades que alcançarem índices do Programa Nacional de Melhoria do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica (PMAQ)”, afirmou o titular.
O prefeito lembrou que a qualidade dos serviços prestados depende de uma infraestrutura adequada, ressaltando que o Subúrbio é uma prioridade da administração, que tem como objetivo ampliar a presença da gestão na região. “Por esse motivo, colocamos a UPA de Periperi funcionando plenamente pela primeira vez desde o início da sua operação e resolvemos construir uma UPA em Paripe, ampliando, portanto, o atendimento de urgência e emergência na região. Até o final do ano, teremos todas as equipes consistidas porque sabemos que saúde é a primeira necessidade”, observou, acrescentando que o Subúrbio será o primeiro a receber, a partir do próximo ano, o programa de requalificação das escolas municipais.

domingo, 15 de dezembro de 2013


Um dos mais valiosos acervos biológicos completa 100 anos

Avaliação do Usuário
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Foto: Gutemberg Brito/IOCFoto: Gutemberg Brito/IOCUm dos mais valiosos acervos biológicos doInstituto Oswaldo Cruz(IOC/Fiocruz) completa 100 anos em 2013, mantendo-se em plena atividade científica. A Coleção Helmintológica, iniciada pelos renomados pesquisadores José Gomes de Faria e Lauro Pereira Travassos no início do século 20, constitui o maior acervo do gênero na América Latina. Com mais de 37.500 lotes, o acervo tem amostras provenientes dos cinco continentes. Expoentes da ciência brasileira, como Oswaldo Cruz, Adolpho Lutz e Gaspar Viana, depositaram ali helmintos utilizados em seus estudos que ainda estão disponíveis até hoje para consulta e pesquisa. Modernizada do ponto de vista da estrutura e do gerenciamento de informações, a Coleção é também reconhecida como fiel depositária de amostra de componentes do patrimônio genético nacional pelo Conselho de Gestão do Patrimônio Genético, vinculado ao Ministério do Meio Ambiente.

Os helmintos são causadores de muitas doenças, conhecidas vulgarmente como verminoses de humanos – como a esquistossomose, ascaridíase, teníase, cisticercose, filariose, entre outras – que podem ter sua ocorrência relacionada a condições precárias de higiene e de saneamento. A Coleção contempla, ainda, verminoses de interesse veterinário.

Por dentro da Coleção - Curador da Coleção desde 2007, o pesquisador do Laboratório de Helmintos Parasitos de Vertebrados (LHPV) do IOC, Marcelo Knoff, é responsável por administrar o funcionamento e garantir constantes melhorias para o espaço. O interesse de Knoff sobre helmintos vem desde a graduação, e continuou no estágio na Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), seguindo-se na formação como mestre em Parasitologia Veterinária-Medicina Veterinária (UFRRJ) e como doutor em Biologia Parasitária (IOC). De acordo com o especialista, a importância principal da Coleção reside na preservação dos helmintos lá depositados, que são representantes da biodiversidade mundial. A maior parte dos estudos conduzidos com base nos espécimes do acervo é de caráter taxonômico, ou seja, inclui processos de identificação, descrição, nomenclatura e classificação.

"Aqui existem helmintos depositados desde o início do século XX, totalizando 872 tipos, entre holótipos e parátipos, de espécies coletadas no Brasil e no exterior", afirma. Enquanto os holótipos são utilizados como base para descrição de uma nova espécie, os parátipos são os espécimes semelhantes de um mesmo lote depositado. A cada ano, aproximadamente 250 novos lotes de helmintos são depositados, o que resulta em um grande fluxo de crescimento anual. Entre 2003 e 2012, 3.774 lotes foram depositados por pesquisadores do Brasil e 65 lotes foram recebidos de instituições do exterior.

Em dia com as tendências - O ambiente que abriga o acervo sofreu importantes mudanças ao longo de 2007 e 2008, por meio de suporte financeiro do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), obtido a partir de projeto desenvolvido pelas ex-curadoras Delir Corrêa Gomes Maués da Serra Freire, atual chefe do Laboratório de Helmintos Parasitos de Vertebrados do IOC, e Dely Noronha de Bragança Magalhães Pinto. Além de melhorias de infraestrutura, saíram as estantes e gavetas de madeira do início do século XX e entraram em cena modernos armários deslizantes de aço. O espaço é suficiente para comportar os atuais itens da Coleção, depositados ao longo de um século, e ainda abrigar os depósitos a serem realizados nos próximos 100 anos.

O gerenciamento de dados do acervo também foi modernizado: as tradicionais fichas catalográficas ganharam o mundo virtual. Segundo o curador, apostar em tecnologia favorece a pesquisa virtual dos itens da Coleção, procurada por pesquisadores do Brasil e do exterior. "Concluímos a digitalização, iniciada em 2003, das fichas de todos os helmintos depositados. Hoje, as informações estão disponíveis online para consulta de forma gratuita", salienta.

Serviços oferecidos - Atualmente, o cuidado da Coleção Helmintológica é responsabilidade de uma equipe zelosa, formada por pesquisadores, técnicos e bolsistas que atuam em atividades de preservação e de atualização de dados. As amostras estão preservadas em lâminas ou acondicionadas em frascos, em meio líquido (álcool, formol, entre outros). Devido à evaporação do líquido e aos processos comuns de deterioração dos recipientes, é preciso fazer manutenção regularmente. A equipe também acompanha visitas e consultas ao acervo, a partir de solicitações de cientistas de diversas instituições. "Essas visitas são programadas, geralmente com um mês de antecedência, tanto para finalidade de pesquisa quanto para conhecer a Coleção", afirma Marcelo.

Além dos depósitos, o empréstimo de espécimes é um dos principais serviços prestados. Em geral, o serviço é procurado por pesquisadores em busca de um item específico, com base no nome da espécie e numeração no acervo. "Muitas vezes, pesquisadores solicitam empréstimos dos helmintos para comparar as suas estruturas morfológicas e a morfometria com as espécies por eles encontradas", contou Marcelo.

De 2003 a 2012, foram realizados 2.519 empréstimos em território nacional e 673 itens serviram de base para pesquisas fora do país. No Brasil, além dos Laboratórios do IOC, as instituições que mais solicitaram serviços da Coleção foram a Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, a Universidade Federal do Rio de Janeiro e a Universidade Estadual de Maringá. A Coleção disponibiliza empréstimos para pesquisadores de qualquer parte do mundo, desde que estejam vinculados a uma instituição. Entre os países que já solicitaram empréstimos de helmintos da Coleção estão Argentina, Estados Unidos, México, Itália, França, Bélgica, Suíça e Cuba. Leia mais no site do IOC.

Os recursos são do Programa Nacional de Reestruturação dos Hospitais Universitários Federais (Rehuf) e vão beneficiar 47 unidades em 21 estados e no Distrito Federal
Os hospitais de ensino de 21 estados e do Distrito Federal, vão receber reforço financeiro com o repasse de R$ 163,9 milhões por meio do Programa Nacional de Reestruturação dos Hospitais Universitários Federais (Rehuf)Portaria 3.015/2013. O valor faz parte do total de R$ 560 milhões aprovado em 2013 para a reestruturação dos hospitais. Ao todo, 47 unidades de saúde ligadas ao Rehuf (tabela abaixo) serão beneficiadas com o recurso, que poderá ser investido em obras, modernização e custeio de procedimentos hospitalares.
No período de 2010 a 2013, o Ministério da Saúde investiu o valor de R$ 1,9 bilhão em todos os hospitais universitários do Brasil, por meio do Rehuf. Este ano, o custeio das unidades recebeu a maior parte dos recursos (65%). O restante do repasse deve ser aplicado no financiamento de compra de novos equipamentos, reforma ou ampliação. Somente em 2012, o programa recebeu R$ 541 milhões do Ministério da Saúde.
O Rehuf foi instituído em parceria com o Ministério da Educação para melhorar a gestão administrativa, financeira e hospitalar no campo da assistência e do ensino. O programa beneficia diretamente a 45 hospitais e a outras duas unidades de saúde ligadas às universidades. Essas instituições estão localizadas em 32 cidades do país, sendo 22 capitais.
Os benefícios abrangem tanto o acesso e a qualidade dos serviços prestados à população, quanto às condições de trabalho e de ensino para os alunos de graduação e pós-graduação na área da saúde.
Os hospitais universitários são vinculados às instituições de ensino superior do Ministério da Educação, responsável pelo pagamento dos profissionais concursados. Já o Ministério da Saúde repassa, além do financiamento do REHUF, recursos referentes aos serviços prestados à população nas unidades, entre outros incentivos.

ESTABELECIMENTOS
VALOR (R$)
Universidade Federal De Alagoas
2.121.336,18
Universidade Federal do Amazonas
6.144.776,01
Universidade Federal da Bahia - Hospital Prof. Edgard Santos
2.883.579,79
Universidade Federal da Bahia - Maternidade Climério de Oliveira
2.908.400,49
Universidade Federal do Ceará - Hospital Universitário Walter Cantídio
8.459.961,59
Universidade Federal do Ceará - Maternidade Escola Assis Chateaubriand
2.645.624,57
Universidade de Brasília - Hospital Universitário Brasília
130.256,46
Universidade Federal do Espírito Santo - Hospital Universitário Cassiano Antonio de Moraes
19.636.748,37
Universidade Federal de Goiás - Hospital das Clínicas
3.538.713,59
Universidade Federal do Maranhão - Hospital Universitário
7.894.057,93
Univ. Federal de Minas Gerais – Hospital das Clínicas
9.470.214,89
Univ. Federal de Juiz de Fora – Hospital Universitário
2.064.060,18
Univ. Federal do Triângulo Mineiro - Hospital Escola
12.271.508,54
Univ. Federal de Uberlândia – Hospital das Clínicas
4.680.293,18
Univ. Federal do Mato Grosso do Sul - Hospital Univ. Maria Aparecida Pedrossian
4.038.967,60
Universidade Federal da Grande Dourados- Hospital Universitário
2.772.870,99
Univ. Federal do Mato Grosso - Hospital Universitário Júlio Müller
1.600.484,31
Universidade Federal do Pará - Hospital Universitário João de Barros Barreto
2.564.221,26
Universidade Federal do Pará - Hospital Universitário Bettina Ferro de Souza
251.616,80
Univ. Federal da Paraíba - Hospital Universitário Lauro Wanderley
10.182.842,34
Univ. Federal da Paraíba - Hospital Universitário Alcides Carneiro
3.205.284,21
Universidade Federal de Pernambuco - Hospital das Clínicas
3.503.056,73
Universidade Federal do Vale do São Francisco
1.495.159,44
Universidade Federal do Piauí - Hospital Universitário
71.120,46
Universidade Federal do Paraná - Hospital de Clínicas
2.087.084,30
Universidade Federal do Paraná - Maternidade Vitor Ferreira do Amaral
742.020,00
Universidade Federal Fluminense – Hospital Universitário Antônio Pedro
4.787.123,14
Univ. Federal do Rio de Janeiro - Clementino Fraga Filho
2.309.647,74
Univ. Federal do Rio de Janeiro -Instituto de Neurologia Deolindo Couto
277.116,07
Univ. Federal do Rio de Janeiro - Instituto de Ginecologia
194.807,35
Univ. Federal do Rio de Janeiro - Instituto de Doenças do Tórax
239.844,83
Univ. Federal do Rio de Janeiro - Maternidade Escola
1.078.486,47
Univ. Federal do Rio de Janeiro - Instituto de Puericultura e Pediatria Martagão Gesteira
778.295,22
Univ. Federal do Rio de Janeiro - Hospital Escola São Francisco de Assis
194.863,11
Univ. Federal do Rio de Janeiro - Instituto de Psiquiatria
961.101,67
Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro - Hospital Universitário Gaffrée e Guinle
2.079.383,67
Univ. Federal do Rio Grande do Norte - Hospital Universitário Onofre Lopes
4.974.489,71
Univ. Federal do Rio Grande do Norte - Maternidade Escola Januário Cicco
3.285.395,04
Univ. Federal do Rio Grande do Norte - Hospital Universitário Ana Bezerra
1.872.405,85
Univ. Federal do Rio Grande do Norte - UFRN Hospital de Pediatria Prof. Heriberto F. Bezerra
614.097,25
Universidade Federal de Pelotas - Hospital Escola
1.616.713,13
Universidade Federal do Rio Grande do Sul - Hospital de Clínicas de Porto Alegre
10.631.834,51
Universidade Federal do Rio Grande do Sul - Hospital Universitário Dr. Miguel Riet Correa Júnior
1.962.995,57
Univ. Federal de Santa Maria - Hospital Universitário
2.454.636,43
Universidade Federal de Santa Catarina - Hospital Universitário Polydoro Ernani de São Thiago
3.660.521,75
Universidade Federal de Sergipe - Hospital Universitário
2.379.913,80
Universidade Federal de São Paulo
Laboratórios públicos vão desenvolver heptavalente

O estudo para produção da vacina contra sete doenças foi reforçado em acordo de cooperação técnico científico, firmado durante viagem do presidente da França ao Brasil O encontro entre a presidenta Dilma Rousseff e o presidente da França, François Hollande, trouxe avanços também no campo da saúde pública. Os dois mandatários anunciaram, em cerimônia no Palácio do Planalto nesta quinta-feira (12), um acordo de cooperação técnico-científico para o desenvolvimento da vacina heptavalente. A vacina terá capacidade de imunizar contra sete doenças - difteria, tétano, coqueluche, Hepatite B, Hib (Haemophilus influenza tipo B), meningite C e poliomielite. Esta combinação tem diversos benefícios, sendo um deles o de reunir, em apenas uma aplicação, vários componentes imunobiológicos. Isto evita que os pais tenham de levar os filhos várias vezes às Unidades Básicas de Saúd, além de melhorar a gestão pública dos materiais utilizados, com economia de seringas, embalagens e armazenamento. A vacina deve ser incluída no calendário básico das crianças no prazo de quatro anos. O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, destaca a importância do novo imunobiológico para a ampliação da cobertura vacinal, evitando mortes infantis em consequência dessas doenças. “Além do conforto às crianças, por representar uma picada a menos, é uma medida eficiente para reduzir, ainda mais, as taxas de mortalidade infantil”, destaca. A heptavalente vai substituir três vacinas: a pentavalente (difteria, tétano, coqueluche, Haemophilus influenza tipo B e Hepatite B), a meningo C conjugada e a pólio injetável. O imunobiológico será desenvolvido pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), em parceria com o Instituto Butantan e a Fundação Ezequiel Dias (Fundeb). O Brasil é o único país a liderar esta iniciativa no mundo. O acordo de assistência técnica foi assinado pelo Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Bio-Manguinhos/Fiocruz) com a Sanofi Pasteur e reforça os laços estabelecidos entre os dois países em janeiro de 2012, quando foi introduzida a vacina inativada contra a poliomielite (VIP) da Sanofi Pasteur no Programa Nacional de Imunizações. Após a transferência de tecnologia, os três laboratórios públicos vão ter o domínio de toda a cadeia de produção e, consequentemente, os custos de aquisição serão mais competitivos. Atualmente, o Programa Nacional de Imunizações oferece, gratuitamente, 42 tipos de imunobiológicos utilizados na prevenção ou tratamento de doenças. A cobertura vacinal, nos últimos 10 anos, atingiu em média 95% para a maioria das vacinas do calendário infantil e em campanhas de vacinação

sábado, 14 de dezembro de 2013


O imunossupressor Tacrolimo é indicado para evitar rejeição a transplantes de rim e fígado. O Laboratório Libbs inicia construção de fábrica de medicamentos biológicos, estratégicos para o SUS
O Brasil contará com medicamento utilizado por pacientes transplantados de rim e fígado produzido integralmente com tecnologia nacional. O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, participou nesta quinta-feira (11), em Embu das Artes (SP), da cerimônia de entrega do primeiro lote do imunossupressor Tacrolimo, usado para evitar a rejeição a órgãos e garantir o sucesso do transplante. No mesmo evento, o ministro também participou de atividade que marca o início das obras de nova fábrica do laboratório Libbs, destinada à produção de medicamentos biológicos.
O medicamento Tacrolimo é fabricado pela Libbs Farmacêutica. Em 2009, a empresa firmou parceria para o desenvolvimento produtivo com o Ministério da Saúde, com a transferência de tecnologia para o laboratório Farmanguinhos/Fiocruz. O instituto acompanhou todo o processo de produção do medicamento para internalizar as técnicas e o conhecimento tecnológico da empresa privada.
A previsão é que em 2015 o Farmanguinhos passe a produzir o medicamento, o que vai diminuir o custo na aquisição do Tacrolimo. Desde 2009, a compra do produto passou a ser feita de forma centralizada pelo Ministério da Saúde, o que gerou a economia de R$ 75 milhões. “Produzir um medicamento 100% nacional é um salto de extrema importância para a indústria brasileira, com impacto na geração de mercado para todo o Brasil, além de garantir segurança aos pacientes atendidos pelo SUS”, afirmou Padilha, durante a solenidade.
O ministro explicou que a qualidade dos medicamentos é um fator decisivo na vida do paciente transplantado porque garante o funcionamento do órgão, sem problemas de rejeição. Ele lembrou que o Brasil está entre os países que mais realizam transplantes do mundo. “Nenhum país fez mais de 24 mil transplantes gratuitos pelo SUS, como o Brasil fez”, afirmou Padilha.
O domínio de todas as atividades de produção resulta em produtos de qualidade a preços competitivos, garantindo o abastecimento dos serviços públicos de saúde com redução da dependência internacional”, ressaltou o secretário de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos, Carlos Gadelha. Em 2013, foram adquiridas 53.547.100 e 2.965.050 cápsulas do tacrolimo 1mg e 5mg, respectivamente.
BIOLÓGICOS– A nova fábrica da Libbs Farmacêutica, no complexo industrial do município,  será uma das primeiras plantas industriais brasileiras para a produção de medicamentos biológicos, considerados estratégicos pelo SUS. “A construção da planta reflete o compromisso do governo federal com a pesquisa, a inovação e geração de renda para o país”, afirmou Gadelha. A Libbs retomou os investimentos da empresa em seu Parque Farmoquímico depois que foram firmadas PDPs com o Ministério da Saúde e laboratórios públicos.
A parceria estabelece que o Ministério da Saúde compre, exclusivamente, medicamentos produzidos pela empresa, pelo período de cinco anos, para atender à demanda do SUS. Em contrapartida, os laboratórios privados transferem as tecnologias aos públicos, que dominando a cadeia de produção, podem desenvolver genéricos a preços mais competitivos. O laboratório Libbs está envolvido em sete parcerias.
A fábrica de biotecnologia terá capacidade inicial de produção de 150 kg de medicamentos ao ano. Quando estiver em pleno funcionamento, a produção será ampliada para 400kg. No local, serão produzidos, em parceria com os laboratórios públicos Butantan e Bahiafarma, seis medicamentos biológicos.
O primeiro medicamento fruto dessas parcerias - o oncológico Rituximabe – deverá estar pronto para distribuição no SUS no primeiro semestre de 2016. Os investimentos da empresa farmacêutica em biotecnologia estão estimados em R$ 560 milhões, provenientes do Banco Nacional do Desenvolvimento (BNDES) e Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) e da própria empresa.
O medicamento biológico é feito a partir de material vivo e manufaturado em processos que envolvem medicina personalizada e biologia molecular.  Representam 5% do total da oferta pública de medicamentos e consomem 43% dos gastos do governo federal com medicamentos (aproximadamente R$ 4 bilhões/ano)